segunda-feira, 26 de maio de 2014

Conversas Entre Manos, E Outras Coisas

[Eu observo o meu irmão a jogar Assassin's Creed, na playstation, e ele abre o inventário]

Mano: Oh, tenho tomates....
Eu: [tento conter o riso]
Mano: [olha para mim de olhos semicerrados] Não comentes... [poucos segundos depois] Tenho de ir vender os tomates.
Eu: [risos] Vais vender os teus tomates?
Mano: Sim, vou vender os meus tomates para comparar uma espada longa.
Eu: Uma espada longa? Boa troca!
Mano: E não é uma espada qualquer, é longa.
Eu: [risos] Vou mas é tratar do jantar.

[volto pouco depois]

Mano: Já vendi os tomates, comprei uma longa, e agora estou a fazer uma missão para o dono do bordél.
Eu: [risos] Esse jogo não é para a tua idade!

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É isto que acontece quando me juntam a mim e ao meu Mano no mesmo quarto. Agora que o portátil dele deu o pifo, ele refugia-se aqui no meu quarto, a ver vídeos ou a jogar na playstation. Por um lado, é um pouco menos de privacidade que tenho, mas por outro lado, é agradável ter a companhia de uma pessoa que partilha o meu humor 50% das vezes, e olha para mim como se eu fosse um caso perdido os restante 50% das vezes.

A minha relação com o meu irmão é uma de amor-ódio e nenhum intermédio. Somos altamente defensivos em relação um ao outro, apesar de ele ser uns anos mais novo do que eu. É quase como se ele sentisse que a única pessoa que tem direito a chatear-me o juízo é ele, da mesma forma que eu lhe chateio o juízo a ele mas me torno protector quando alguém o chateia. Ele é, sem dúvida, a pessoa na minha família que me é mais próximo. Como dizem os ingleses "We have each other's backs", aliás, como ele já provou isso, protegendo-me de formas que me surpreenderam e acerca das quais não vou entrar em detalhe agora. Isso é provavelmente uma história para outra altura.

Uma coisa é certa, com ele aqui, é mais fácil de ter um sorriso na cara! E sim, até mesmo quando ele está a ser o crítico que sempre é, e se põe a criticar tudo o que faço. A constante ironiano seu tom de voz faz tornar qualquer frase em algo divertido, e acho que ele tem realmente uma veia de comediante.

Outra coisa boa acerca do me irmão é que partilahmos muitos dos mesmos gostos musicais, a a música está sempre a tocar aqui no quarto, por vezes connosco a acompanhar.

Tudo isto faz-me pensar... São as pequenas coisas na vida que me fazem felizes que realmente importam, e são elas que tenho de valorizar. Se tenho uma vida perfeita? Com certeza que não, isso ninguém tem. Mas estou a aprender a apreciar as delícias que a vida me trás. Uma delas, uma benção disfarçada, é o facto de poder dedicar mais tempo a mim mesmo, coisa que é possivl pelo facto de eu ser solteiro. Afinal de contas, as pessoas desapontam facilmente - aliás, eu próprio sou exemplo flagrante disso mesmo - e a minha felicidade não devia de depender de mais ninguém do que eu mesmo.

Isto pode soar egoísta, mas honestamente... Tentar agradar a todos foi algo que fiz e que magoou muita gente - incluindo a mim mesmo - no passado. As pessoas vão sair da vida magoadas na mesma, por isso mais vale focar-me em preservar-me a mim mesmo. (O que no entanto não significa que vou passar por cima das pessoas para o fazer, isso não é decente de se fazer.)

Portanto a minha felicidade seá de agora em diante, como diz o slogan da Matinal: "De mim, para mim"

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Aqui fica ainda a Ray-Dee-Oh, uma das minhas músicas preferidas dos Azeitonas, a minha banda portuguesa perferida.


Esta música faz-me sempre querer dançar! Nunca falha. E bem, parece que hoje não em canso de escrever...



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