sexta-feira, 30 de maio de 2014

Morangos Com Açúcar

Eu comentava que às vezes a minha vida pareciam os Morangos Com Açúcar, mas a vida da Bia está muito mais evoluída do que isso. É mais ao nível de Pretty Little Liars, já que parece que toda a gente lhe mente, ou lhe conta meias verdades, e acha que ela não é inteligente o suficiente para apanhar um mentiroso mais depressa que um coxo. Claro está, a mulher não foi para o curso de Matemática Pura na Universidade porque não é inteligente. E às vezes esquecem-se disso. Mas hoje tive oportunidade de a obsevar no seu ambiente natural - a dar uma descasca bem merecida ao tipo de pessoa que me tornam no Príncipe Hans. Eu quase me rebolei no chão a rir com todas as frases bem metidas, quais gols do Ronaldo metafórico. 

Depois de pôr as pessoas no seu devido lugar, foi tempo de relaxar - comer pizza enquanto viamos nada mais do que Pretty Little Liars em HD, deitados confortavelmente no sofá da sala como só nós sabemos fazer, seguido de ver Cosmos, e instruí-la um pouco acerca de Geologia. Não fosse eu gay, e não fossemos nós como que irmãos, seriamos mesmo o casal perfeito (coisa que a minha mãe está desejosa que aconteca, apesar de eu e a Bia insistirmos que não, Dona M, o James gosta é de rapazes e a Bia tem mais do que fazer do que andar a tentar comer o rapaz que é para ela como um irmão). Nós somos definitivamente imparáveis e inseparáveis. É uma amizade com quase década e meia de história. Conta-se com dois dedos a quantidade de vezes que eu e ela discutimos. Se ela disser que eu chorei quando achei que ia perder a amizade dela, é mentira! (Infelizmente, é verdade e ela vai sempre garantir que eu morro antes de as pessoas se esquecerem desse momento da mia vida de que meorgulho menos. Essa foi a segunda vez. A primeira occorreu uns anos antes, mas foi devido a um mal entendido que foi facilmetne resolvido. Entre ela e eu não há segredos, e arrisco a dizer que até sabemos demasiado um sobre o outro. Mas é bom ter alguém assim, uma amizade genuina e verdadeira e, acima de tudo, insubstituível.

Mas durante a nossa conversa, lembrei-me de outros momentos da minha vida deque não me orgulho. E não digo isto de uma forma sarcástica como nas linhas acima. Às vezes assusto-me a mim mesmo o quanto eu posso ser... Exactamente a pessoa que odeio ser. 

O medo de estar sozinho, fez-me alimentar as esperanças de um rapaz, para ter um plano B para o caso da relação em que eu estava na altura falhasse... Isso quase me custou ambos os rapazes. Felizmente, perdi apenas um, e o outro cabou por se tornar um dos meus amigos mais próximos. Está no mesmo patamar com a Bia, e falo com ele sobre as coisas que sei que ela não compreenderia, sendo ela uma rapriga heterossexual. Daí nasceu uma amizade muito especial, e apesar de não estarmos juntos, ainda nos protegemos muito um ao outro, e apesar de não haver sentimentos românticos entre nós, é uma relação altamente platónica.

Agora que estou solteiro vejo como esse medo era injustificado. Errei. Sou humano, e errar faz parte da minha condição. E quando eu erro, sou sempre o primeiro a admitir e a pedir perdão àqueles a quem compete perdoar-me, ou não. Su orgulhoso, sim, mas não ao ponto de não dar o braço a torcer quando sei que estou em falta. Não ao ponto de inventar desculpas para parecer que não estou errado. E eu prefiro ser uma boa pessoa - e na maior parte das vezes sou. Porque acredito que, o que quer que eu dê ao mundo, o mundo dar-me-á de volta, seja bom ou mau. Karma só é lixado para quem é ruim. E felizmente, parece que o bem que tenho feito está a dar frutos, porque ultimamente, tenho-me sentido em paz e mais feliz do que nunca.


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