terça-feira, 1 de julho de 2014

Um Cantinho Em Lisboa

Hoje acabei por fazer aquilo que já há muito me dava vontade de fazer: ir ao Parque das Nações sozinho. Comecei por is ao centro comercial Vasco da Gama (onde vi alguém que me era familiar, mas que não me lembro de onde lhes conheço a cara - provavelmente do arraial). A Fnac é a minha paragem predilecta, e perdi-me durante um bocado por entre os livros e CDs de música. Depois fui passear. Sem rumo, dirig-me ao rio, e depois segui ao longo deste, até chegar à zona com jardins.


Comecei à procura de um local para me sentar a escrever. Tenho um caderno próprio para isso, apontar os meus pensamentos quando me apetece escrever (escrevo-o em inglês). Comecei à procura de um local resguardado, com sombra. Finalmente, econtrei um bom sítio. Não tinha visibilidade para as principais vias de passagem para peões, o som dos cantos dos pássaros eram basicamente o único ruído de fundo naquele local fresco. Sentei-me e comecei a escrever. Escrevi sobre tudo o que me veio à cabeça, sobre experiências passadas e pensamentos do presente. É para isso mesmo que me sirvo disto. É neste livro que se encontram os meus pensamentos mais íntimos, as coisas que não partilho com mais ninguém. É a única janela que me mostra tal como sou, de forma mais profunda do que obviamente este blogue que é público. Escrevo para recordar, escrevo para compreender e escrevo para me conhecer. Estão aqui, ainda, alguns dos sonhos que tenho, e das fantasia de quando sonho acordado. Essas talvez um dia as partilhe, traduzidas.

Foi bom sentir-me envolvido pela natureza. Talvez me tenha deixado envolver um pouco demais pela natureza, já que a dada altura senti uma formiga trepar-me pelas costas. Estive sentado em silêncio total, ao ponto que alguns pardais se aproximaram do meu campo de visão como se eu não estivesse presente. Senti-me relaxado, como vento a acariciar as folhas das árvores em redor... Acabei evenualmente por ter de saír do meu cantinho, porque afinald e ocntas estava num espaço público e um casal decidiu que queria ficar sentado num banco mesmo ao lado do meu. Senti-me um pocuo envergonhado com eles ali, e senti que a paz que tinha sentido antes da sua chegada tinha sido quebrada. Por isso lá arrumei as minhas coisas e segui rio abaixo, de novo em dieção àestação de comboios para voltar a casa. 

Com o meu mp3 ligado na viagem de volta, ouvi umas quantas músicas dos Bastille, e recordei uma com que me identifico imensamente, chamada Icarus. Principalmente com a parte:


Standing on the cliff face
Highest fall you'll ever grace
It scares me half to death

Look out to the future
But it tells you nothing
So take another breath

Your hands protect the flames
From the wild winds around you

Icarus is flying too close to the sun
And Icarus's life, it has only just begun
And this is how it feels to take a fall
Icarus is flying towards an early grave


Fotos tiradas por mim.

1 comentário:

  1. Temos um James Pessoa estou a ver. Além desse sitio, tenho mais dois, toda aquela zona do cais do sodré até Belém, e a Vila de Sintra. Para mim basta-me olhar e ouvir o mar para me sentir bem, e a dita paz interior. Mas fazes muito bem, nunca devemos perder o nosso verdadeiro eu seja ele qual for. Infelizmente temos que viver sob personagens sociais...

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