quarta-feira, 28 de maio de 2014

That's What Friends Are For

Fui com a minha melhor amiga ao Centro Comercial Vasco da Gama. Íamos com intenções de falar com o Ex dela, (Vamos chamar-lhe Ex-F), mas ele não apreceu. Em vez disso, encontrámo um colega meu que eu já não via há algum tempo. Falámos durante um bocado enquanto ele esperava pelo comboio, e lá foi no seu caminho. Entretanto, o R. ligou-me.

A história com o R. é simples. Ele foi um dos primeiros e pocuos amigos que fiz no meu curso, na faculdade. Ele é o tipo de pessoa com uma mente muito avançada para o seu tempo. Compreensivo, nada dogmático, e sempre bem-disposto. Ou melhor, ele vive as emoções ao rubro. Ou está muito contente, ou muito em baixo, ou muito zangado, ou muito determinado. Para ele não há emoções sentidas por metade. Ultimamente, ele tem-se afastado um bocado dos aigos, desde que arranjou namorada, mas apercebeu-se que não estava a agir bem e agora está a tentar reparar as amizades, o que eu acho muito bem da parte dele. Por isso ele ligou-me a perguntar onde eu estava. Rapidamente combinámos encontrar-nos lá, e conversamos os três animadamente até termos de ir embora. O grupo com quem mais me costumo dar é composto pelo R., a M. (uma rapariga que afora rock mas não parece nada, muito madura, gentil e calma, que adora as mesmas séries que eu), e a A. (que é a mais velha do grupo, uma santa, mesmo para gente que não merece, e adora livros tanto ou mais do que eu). 

É refrescante ter um grupo de pessoas com quem posso falar abertamente, cara a cara, e que nao têm problema nenhum com o pormenor de eu ser gay. Muito pelo contrário! Todos os três - eu, a M. e a A. - estamos sempre de olho nos rapazes giros (coisa que não falta na capital). Por vezes até o R. o aprecia, apesar de ele se identificar como hetero. Uma das coisas que eu acho muito maduro nele, é a forma como ele não tem vergonha de dizer "Eu identifico-me como hetero, e não me vejo numa relação com um homem, as se algum dia tiver hipótese de experimentar, não digo ue não experimentava.". Por vezes metemo-nos um com o outro, trocando olhares sedutores. Um dos momentos mais flagrantes dessa nossa química foi quando fomos almoçar com o N., um outro amigo nosso na fauldade, ao Alvalade, e o R. se começou a meter comigo. "James, tou com vontade, 'bora ali para trás,e..." E eu respondi, erguendo as minhas sobrancelhas e lambeno os lábios "'Bora, é já, contra a parede e tudo." E ele diz-me "Ui, continua assim e nem me aguento, é já aqui no meio do chão". E depois partimo-nos a rir, com a cara choacada que o N. fez, queixando-se de que ele era um Santo e que osouvidos dele não tinham sido feitos para ouvir estes pecados.

É um ambiente completamente diferente do Secundário. Faz-me sentir mais seguro, como se não tivesse que carregar com aquele peso às costas. Sinto que esta imagem é a reação dos meus amigos da faculdade quando eu lhes conto que sou homossexual:


E isso é fantástico.


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