quinta-feira, 17 de julho de 2014

In The Flesh

Acho que esta é uma série das mais bem escritas que eu alguma vez, e é de certeza uma das que mais me marcou e continua a marcar, apesar da reduzida quantidade de episódios, é uma boa aposta de qualidade acima de quantidade.

A série tem como pano de fundo um evento histórico - Em 2010, todos os que morreram no ano anterior, voltaram à vida como mortos-vivos. Com um especial gosto por cérebro, muitos humanos morreram à custa dos mortos-vivos, até se conseguir descobrir uma maneira de reverter este estado enraivecido dos mortos-vivos. Uma droga que estimula a reconstrução das terminações nervosas e sensoriais foi a resposta para trazer de novo a humanidade que havia sido perdida pelos mortos vivos. Kieran Walker (Luke Newberry) foi um dos que morreu e voltou à vida e a série segue a sua história, e dos desafios que tem de enfrentar quando volta par a a sua vila natal Roarton, onde, segundo se diz, os primeiros morto se ergueram, e onde também nasceu o movimento militar humano HVF (Human Voluntary Force - Força Voluntária Humana) que tinha como objectivo proteger a humanidade a todo o custo - matando qualquer morto-vivo. Apesar de os mortos-vivos - mais correctamente chamados pacientes com síndrome de falecimento parcial (partially deceased syndrome, ou PDS) - serem tratados e medicados, e entrarem no programa de reinserção na sociedade, os habitantes de Roarton mantém a crença de que estes não passam de máquinas assassinas mascaradas, e que não merecem os mesmos direitos dos humanos.

Kieran Walker (Luke Newberry)
Com esta vertente sobrenatural, é uma série que toca muito assuntos da realidade em que vivemos, especialmente a hipocrisia, o fanatismo, e a opressão. É uma série poderosa, cujo primeiro episódio, após terminar, me deixou com as mãos a tremer, como se eu tivesse vivido pessoalmente os sentimentos de injustiça e opressão sentidos pelas personagens no meu ecrã. A série revolve em volta também das lutas internas que Kieran tem de passar.

A série é composta por episódios com cerca de uma hora de duração, tendo a primeira temporada apenas 3, e a segunda 6. Já há muito tempo que tinha ouvido falar dela, mas nunca me deu realmente a vontade de ver, até procurar um pouco de mais informação acerca da série. Depois de perceber que era realmente aclamada, e muito bem escrita, decidi dar o benefício da dúvida e começar a ver.

Chegou ao ponto em que tenho de me controlar para não ver o resto da segunda temporada já hoje, porque quero guardar para amanhã ver quando for para casa da minha avó. Fiquei agarrado, apesar de trazer ao de cima muitas das minhas inseguranças. Identifico-me imenso com a personagem principal, e acho que isso foi um grande factor que me levou a querer ver mais ainda.


3 comentários:

  1. Acho que todos já passamos por algumas dessas fragilidades, de uma maneira ou de outra.

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  2. Também já tinha ouvido umas coisas e agora fiquei ainda mais curioso. Ele é gay e tudo, não é?

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    1. Yup. Mas já li que o escritor da série disse que não era tanto o ele ser gay, mas mais apaixonar-se pelas pessoas sem olhar a se são homem ou mulher.

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